O cansaço, a fadiga e a falta de energia fazem parte do seu dia-a-dia?

Mário Gonçalves
Naturopata

Estar cansado tornou-se um hábito quotidiano na sociedade atual. A maioria de nós leva uma vida de stress, com longas horas de trabalho, uma infinidade de tarefas familiares, sobrecarga de preocupações, falta de exercício físico e, sobretudo, mau descanso. Para lidar com este estilo de vida, normalmente, colocamos a nossa saúde em segundo plano e agudizamos o problema com estimulantes para nos manter ativos. A exaustão crónica tornou-se um fenómeno tão difundido que é hoje designado por “síndrome de fadiga crónica”.
Acreditando na combinação de fatores genéticos, infeciosos e psicológicos, para a medicina convencional a “síndrome de fadiga cónica” é um estado de cansaço persistente, sem causa aparente, com os seguintes sintomas: fadiga que não melhora com os períodos de descanso, dor muscular generalizada, dificuldade de concentração e problemas de memória, o cansaço piora com leve atividade mental e/ou física, dificuldade em adormecer, despertar com frequência durante a noite e sono não reparador. Dores de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz e ao som, depressão e ansiedade, são mais alguns dos sintomas que levam ao diagnóstico. A dieta e o estilo de vida são fatores epigenéticos condicionantes da função imunitária e dos metabolismos de resposta ao stress. Existem vários estudos demonstrando que os fatores ambientais, sociais e comportamentais do individuo levam a alterações epigenéticas e aumentam o risco de desenvolvimento da “síndrome de fadiga crónica”.
A Naturopatia aborda a “síndrome de fadiga crónica” como um conjunto de desequilíbrios funcionais, sendo os sintomas manifestação dos mesmos.
A abordagem naturopática define como prioritária a mudança da dieta, conjugada com plantas medicinais depurativas. Recomenda a exclusão de alimentos processados, açucares, refinados, cafeina e a introdução de nutrientes integrais, selvagens, naturais e ricos em antioxidantes. Propõem-se técnicas de relaxamento como yoga, meditação, técnicas de respiração e exercício regular. Ainda, outras terapias corporais como a acupuntura e a massagem são fundamentais para gestão do stress. Mas se a nossa vida não nos permite comer tão bem como gostaríamos, a suplementação nutricional é fundamental no alívio dos sintomas, na reparação e equilíbrio dos tecidos, no restauro dos níveis hormonais e na função imunitária. A supressão da carência de nutrientes como vitaminas, minerais e ácidos gordos essenciais, reduzem sintomas. Nutrientes mais específicos auxiliam na recuperação de tecidos e na otimização de equilíbrios hormonais e funcionais. A suplementação adequada é crucial no restauro de funções que foram comprometidas por deficiências nutricionais e/ou abusos alimentares. Substâncias como vitamina D, zinco ou vitamina C, entre muitas outras, contribuem para um sistema imunitário saudável e essencial no combate a doenças e infeções e na melhoria da qualidade de vida.

Mário Gonçalves
Naturopata

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