Partiu Maria Joana Ferro. Uma perda para Alcobaça e para a sua Igreja.
No Céu, continuará a pedir pela sua Alcobaça. A Sra. D. Joaninha, como a conhecíamos, partiu para os braços do Pai. As minhas primeiras memórias dela, as primeiras memórias mais precisas, são do tempo em que me convidava a mim e a outras jovens da catequese para colaborarmos no peditório da Cáritas. Mais recentemente, impressionava-me como, mesmo com muita idade, me pediu algumas vezes para a visitar em sua casa, para falar comigo sobre Alcobaça e sobre O ALCOA.
A Sra. D. Joaninha faz parte de uma geração de grandes senhoras de elegância frugal, compromisso com a Missão, amor à sua terra, que nos vão deixando, cuja partida me tem interpelado muito nos últimos anos. Há tempos, estive a apagar contactos no telemóvel e fiquei emocionada: nos últimos anos foram várias as Senhoras, com «S grande», que faleceram e cuja partida deixou e continua a deixar um vazio.
Recordo a Sra. D. Fernandinha Soares, a doçura em pessoa, o infalível sorriso, a inesquecível amabilidade.
A Sra. D. Rita Pedroso, a bondade das suas palavras, a generosidade do coração, o seu passo apressado no serviço.
A Sra. D. Docelinda, no seu apostolado ininterrupto, na sua fé ardente, no seu bem-fazer por Deus e pela Igreja.
A Sra. D. Idalina da Conceição, que personificou para mim durante anos a Catequese, o bom gosto aliado à humildade, o serviço com sensatez e simpatia.
A Sra. D. Antonieta Vergas, tão viva, alegre, orante, afetuosa, que me ensinou uma oração que rezo há anos com os meus filhos.
Lá mais atrás, a Sra. D. Maria Emília Campos, a Sra. D. Zezinha Sanches, a Sra. Maria da Graça Goucha, a Sra. D. Irene Santos Silva… e outras mais que tive e tivemos a honra de conhecer.
Tantas saudades e, ao mesmo tempo, a interrogação: quem pode continuar o seu testemunho? Estar à altura do seu legado na paróquia? Fazer pelo bem-estar da comunidade para além do interesse pessoal? Construir a paz no serviço?