Estrada D. Maria I /D. Maria Pia – Estrada fora até à Batalha

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

No dia 22 de setembro, último dia das Jornadas Europeias do Património (JEP), celebramos o tema “Rotas, Redes e Conexões” à beira da Estrada D. Maria. Pela rota, de farnel aviado, fomo-nos conectando seguindo pelos troços que restam desta estrada histórica.
Da Benedita partiu um grupo de pessoas ao encontro do início da Rota até à Asseiceira. Viu-se a oliveira, o totem junto das pessoas, que se agregaram nesta viagem até à Batalha e que contaram as suas memórias, algumas gravadas no código QR do totem. Reparou-se na antiga azenha, em parte dos muros antigos da estrada, na capela de São Domingos e cruzou-se o recinto da Aparição de Nossa Senhora ao menino Carlos Alberto, notando os espaços comunitários envolventes. Este sobe e desce fez-se ao longo de todos os totens e árvores assinaladas na rota: Alto da Serra, Ti Maria Galinha, Associação Frei João, Covão do Milho, Moleanos de Évora e Moleanos de Aljubarrota, no parque de merendas em Calvaria de Baixo, junto ao Chafariz (na fotografia), cuja nascente originou que a estrada se desviasse do mosteiro para se usufruir das suas águas. Fez-se o almoço convívio ao som da concertina do Francisco, da canção do Ceguinho cantada por Teresa Maria, poemas da Rota que ficaram por dizer nas respetivas paragens, sob tílias frondosas.
Depois, o caminho fez-se pelo alcatrão, que pisa o troço final desta rota até Jardoeira para ver a última oliveira e totem, local onde se deixa a Estrada Real e se vira para o mosteiro. Entrou-se pela porta principal e saiu-se pela antiga portaria do convento dos Frades Dominicanos, local por onde se tinha acesso ao mosteiro, que era rodeado por uma cerca. Esta visita recordou memórias deixadas por W. Beckford, Júlia Pardoe, Murphy e outros visitantes sobre o que viram na Capela do Fundador, no Altar-mor, na Sala do Capítulo e no Claustro, onde até um grafiti da cegonha que habitava o coruchéu mais alto, e que Murphy deixou esboçada entre os seus desenhos. Estes, mais tarde, serviram pela mão do rei consorte D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha para o restauro do Mosteiro de Santa Maria da Batalha, então muito arruinado pelas tropas de Napoleão, que até lhe deitaram fogo.

Lúcia Serralheiro
Terra Mágica das Lendas

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